CENTRO
DE CULTURA POPULAR DOMINGOS VIEIRA FILHO
Localização:
Rua 28 de Julho – Centro de São Luís-MA
Por
Raimundo Flor Monteiro
Aspecto didático- pedagógico.
Os professores de sociologia, filosofia, artes, história, pluralidade cultural, etc, muitas as vezes, não vem o caso agora, não dispõe de condições ideais para realizar visitas técnicas. Essa proposta visa colocar a disposição dos docentes e discentes de educação básica e educação profissional, através da tecnologia midiática, o acesso às informações e conhecimentos inerentes as unidades curriculares supra citadas, considerando a questão interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar. Principais recursos: texto e fotografias.
Aspecto didático- pedagógico.
Os professores de sociologia, filosofia, artes, história, pluralidade cultural, etc, muitas as vezes, não vem o caso agora, não dispõe de condições ideais para realizar visitas técnicas. Essa proposta visa colocar a disposição dos docentes e discentes de educação básica e educação profissional, através da tecnologia midiática, o acesso às informações e conhecimentos inerentes as unidades curriculares supra citadas, considerando a questão interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar. Principais recursos: texto e fotografias.
No dia 07/12/2016 das 11 às 12h estive no Centro de São
Luís, a Rua 28 de julho, visitando o “Centro de Cultura Popular Domingos Vieira
Filho”. O Centro compõe a rica estrutura disposta pelo Estado do Maranhão para
fomentar, divulgar e incentivar a produção cultural e artística do Estado através da
Secretaria de Cultura e Turismo do Maranhão que mantém sob a sua coordenação esse
espaço pensado para oferecer uma visão, a mais completa possível, da produção
cultural maranhense no campo de sua arte, cultura e história.
Para
entender o Centro é preciso conhecer o conceito
de Cultura Brasileira:
É tida como o resultado da miscigenação de diversos grupos étnicos que
participaram da formação da população brasileira. A diversidade cultural
predominante no Brasil é consequência também da grande extensão territorial e
das características geradas em cada região do país. A formação da cultura
brasileira, em seus vários aspectos, resultou da integração de elementos das
culturas: indígena, do português colonizador, do negro africano, como também dos diversos imigrantes. O negro africano foi trazido para o Brasil para ser empregado
como mão de obra escrava. Conforme as culturas que representavam (ritos
religiosos, dialetos, usos e costumes, características físicas etc.) formavam
três grupos principais, os quais apresentavam diferenças acentuadas: os sudaneses, os bantos e o malês. (sudaneses islamizados). De modo geral, a
contribuição cultural dos negros foi grande: na alimentação; nas danças (quilombos, maracatus e aspectos do bumba meu boi); nas manifestações religiosas como é o caso do Maranhão. (FREIRE, 1933)
O Centro disponibiliza a estrutura dos recursos socioculturais,
tais como indumentária, instrumentos musicais, usos e costumes relativos aos cultos afro-brasileiros historicamente
vigentes na cultura maranhense, a mais rica do Brasil, uma vez que inclui
diversificados cultos afro-maranhenses, entre os quais podemos destacar: Babaçuê,
Candomblé,
Encantaria,
Pajelança,
Quimbanda,
Tambor-de-Mina,
Terecô,
Umbanda.
É importante ressaltar que as atividades inerentes aos cultos afro-brasileiros foram perseguidos
e criminalizados durante um longo período da história brasileira.
A umbanda, nos anos 40, era incluída no rol dos inimigos
do catolicismo. A visita ao centro nos trás a concepção histórica de toda uma
vivencia social das pessoas que, em um país de maioria absoluta de católicos,
a prática religiosa negra e a umbanda reformada, mesmo ampliando suas linhas e
aproximando-se do folclore foram e, em algumas regiões do Brasil, ainda são duramente
perseguidas. Até a algum tempo atrás pelas delegacias de
costumes até a década de 60 do século passado.
Para combater o surgimento e proliferação da Umbanda, a Igreja Católica Romana, através Secretariado Nacional de Defesa da Fé,
criou em 1952 o
Secretariado Especial da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil, com vista a enfrentar e deter o crescimento do número de
fiéis da Umbanda e demais “cultos mediúnicos”.
Para reduzir a intensidade da força da “intolerância
religiosa” você precisa conhecer e interpretar o riquíssimo conceito de cultural
arte, cultura e história maranhense. A cultura afrodescendente se consubstancia
como a manutenção da revivescência das
crendices trazidas pelos escravos trazidas de sua pátria africana. Nesse
aspecto a umbanda torna-se a expressão da afirmativa social humana dos negros.
Portanto, merecem de tordos nos o respeito e tolerância ao culto religioso do
outro.
São consideradas religiões afro-brasileiras, todas as
religiões trazidas para o Brasil pelos negros africanos, na condição de escravos, ou seja, religiões que absorveram ou adotaram usos, costumes e rituais africanos. Como você
pode ver na relação abaixo, o Maranhão se destaca na vertente de diversidade
cultural afro-brasileira, por apresentar em dados quantitativos e qualitativo
de maior número de cultos.
·
Babaçuê -
Maranhão, Pará
·
Batuque -
Rio Grande do Sul
·
Cabula -
Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
·
Candomblé -
Em todos estados do Brasil
·
Culto aos
Egungun - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
·
Culto de Ifá -
Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
·
Encantaria -
Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas
·
Omoloko -
Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
·
Pajelança -
Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas
·
Quimbanda -
Em todos estados do Brasil
·
Tambor-de-Mina -
Maranhão, Pará
·
Terecô -
Maranhão
·
Umbanda -
Em todos estados do Brasil
·
Xambá -
Alagoas, Pernambuco
·
Xangô do Nordeste – Pernambuco.
Assim, no Centro
de Cultura Popular Domingos Vieira Filho podemos
destacar e fotografar.
- Indumentária masculina;
- Indumentária feminina;
- Indumentária dos deuses afro-brasileiros;
- Diversos instrumentos musicais;
- Os grandes líderes do candomblé;
- Quadros dos deuses afro-brasileiros;
- Estátua de deuses afro-brasileiros;
- Murais com bibliografias de líderes
religiosos;
Fotografamos parte das peças
do
“Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho” como segue:
Referências:
FREIRE, Gilberto. Casa-Grande
& Senzala. publicado
em 1933.
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