quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

CENTRO DE CULTURA POPULAR DOMINGOS VIEIRA FILHO

CENTRO DE CULTURA POPULAR DOMINGOS VIEIRA FILHO
Localização: Rua 28 de Julho – Centro de São Luís-MA
Por Raimundo Flor Monteiro

         Aspecto didático- pedagógico.

        Os professores de sociologia, filosofia, artes, história, pluralidade cultural, etc, muitas as vezes, não vem o caso agora, não dispõe de condições ideais para realizar visitas técnicas. Essa proposta visa colocar a disposição dos docentes e discentes de educação básica e educação profissional, através da tecnologia midiática, o acesso às informações e conhecimentos inerentes as unidades curriculares supra citadas, considerando a questão interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar. Principais recursos: texto e fotografias.
No dia 07/12/2016 das 11 às 12h estive no Centro de São Luís, a Rua 28 de julho, visitando o “Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho”. O Centro compõe a rica estrutura disposta pelo Estado do Maranhão para fomentar, divulgar e incentivar a produção cultural e artística do Estado através da Secretaria de Cultura e Turismo do Maranhão que mantém sob a sua coordenação esse espaço pensado para oferecer uma visão, a mais completa possível, da produção cultural maranhense no campo de sua arte, cultura e história.
Para entender o Centro é preciso conhecer o conceito de Cultura Brasileira:

É tida como o resultado da miscigenação de diversos grupos étnicos que participaram da formação da população brasileira. A diversidade cultural predominante no Brasil é consequência também da grande extensão territorial e das características geradas em cada região do país. A formação da cultura brasileira, em seus vários aspectos, resultou da integração de elementos das culturas: indígena, do português colonizador, do negro africano, como também dos diversos imigrantes. O negro africano foi trazido para o Brasil para ser empregado como mão de obra escrava. Conforme as culturas que representavam (ritos religiosos, dialetos, usos e costumes, características físicas etc.) formavam três grupos principais, os quais apresentavam diferenças acentuadas: os sudaneses, os bantos e o malês. (sudaneses islamizados). De modo geral, a contribuição cultural dos negros foi grande: na alimentação; nas danças (quilombos, maracatus e aspectos do bumba meu boi); nas manifestações religiosas como é o caso do Maranhão. (FREIRE, 1933)

O Centro disponibiliza a estrutura dos recursos socioculturais, tais como indumentária, instrumentos musicais, usos e costumes relativos aos cultos afro-brasileiros historicamente vigentes na cultura maranhense, a mais rica do Brasil, uma vez que inclui diversificados cultos afro-maranhenses, entre os quais podemos destacar: Babaçuê, Candomblé, Encantaria, Pajelança, Quimbanda, Tambor-de-Mina, Terecô, Umbanda.
É importante ressaltar que as atividades inerentes aos cultos afro-brasileiros foram perseguidos e criminalizados durante um longo período da história brasileira.
A umbanda, nos anos 40, era incluída no rol dos inimigos do catolicismo. A visita ao centro nos trás a concepção histórica de toda uma vivencia social das pessoas que, em um país de maioria absoluta de católicos, a prática religiosa negra e a umbanda reformada, mesmo ampliando suas linhas e aproximando-se do folclore foram e, em algumas regiões do Brasil, ainda são duramente perseguidas. Até a algum tempo atrás pelas delegacias de costumes até a década de 60 do século passado.
Para combater o surgimento e proliferação da Umbanda, a Igreja Católica Romana, através Secretariado Nacional de Defesa da Fé, criou em 1952 o Secretariado Especial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com vista a enfrentar e deter o crescimento do número de fiéis da Umbanda e demais “cultos mediúnicos”.
Para reduzir a intensidade da força da “intolerância religiosa” você precisa conhecer e interpretar o riquíssimo conceito de cultural arte, cultura e história maranhense. A cultura afrodescendente se consubstancia como a manutenção da revivescência das crendices trazidas pelos escravos trazidas de sua pátria africana. Nesse aspecto a umbanda torna-se a expressão da afirmativa social humana dos negros. Portanto, merecem de tordos nos o respeito e tolerância ao culto religioso do outro.
São consideradas religiões afro-brasileiras, todas as religiões trazidas para o Brasil pelos negros africanos, na condição de escravos, ou seja, religiões que absorveram ou adotaram usos, costumes e rituais africanos. Como você pode ver na relação abaixo, o Maranhão se destaca na vertente de diversidade cultural afro-brasileira, por apresentar em dados quantitativos e qualitativo de maior número de cultos.
·        Babaçuê - Maranhão, Pará
·        Batuque - Rio Grande do Sul
·        Cabula - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
·        Candomblé - Em todos estados do Brasil
·        Culto aos Egungun - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
·        Culto de Ifá - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
·        Encantaria - Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas
·        Omoloko - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
·        Pajelança - Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas
·        Quimbanda - Em todos estados do Brasil
·        Tambor-de-Mina - Maranhão, Pará
·        Terecô - Maranhão
·        Umbanda - Em todos estados do Brasil
·        Xambá - Alagoas, Pernambuco
·        Xangô do Nordeste – Pernambuco.

Assim, no Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho podemos destacar e fotografar.
  • Indumentária masculina;
  • Indumentária feminina;
  • Indumentária dos deuses afro-brasileiros;
  • Diversos instrumentos musicais;
  • Os grandes líderes do candomblé;
  • Quadros dos deuses afro-brasileiros;
  • Estátua de deuses afro-brasileiros;
  • Murais com bibliografias de líderes religiosos;
Fotografamos parte das peças do “Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho” como segue:
Referências:
FREIRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzalapublicado em 1933.























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