sábado, 20 de dezembro de 2014

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E NANOTECNOLOGIA NO SENAI-MA?

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E NANOTECNOLOGIA  NO SENAI-MA?


Por Raimundo Flor Monteiro

       A evolução da ciência, da microscopia eletrônica e da manufatura são fortes determinantes causais do atual modo de produção flexível. Portanto, são determinantes para que o SENAI potencialize qualitativamente seu modo de formação profissional. Para tanto, educar um novo profissional capaz de responder eficazmente a novos processos, produtos e serviços, em escala industrial, no campo da nanociência que se vetoriza em escala exponencial.
      A nanotecnologia é hoje uma realidade nos diversos tipos de indústria que vai da indústria de alimentos até a do vestuário. Torna-se óbvio que se o SENAI é um provedor de soluções para os problemas da indústria, então, no que tange a necessidade da indústria de formação de técnicos especializados, deve formá-los com conhecimentos que abrangem a nanotecnologia.
     Segue alguns requisitos: como a nanociência está distribuída em vários campos do saber, então cada estudante do SENAI deve ostentar as competências necessárias ao pronto desempenho em atividades que requer a inserção da nanotecnologia; quais dos muitos fenômenos que ocorrem na natureza são explicados pela nanociência e podem ser potencializados; então, a nanociência é o mundo que acontece entre os átomos e as moléculas; e, se a tecnologia é a aplicação prática da ciência em produtos e serviços então a nanotecnologia é resultante da aplicação prática da nanociência que produzirá nanoprocessos, nanoprodutos e nanoserviços. Tá claro?
      Nano é um prefixo grego “nannós” e sinifica diminuto, pequenez. Um nonometro (nm) corresponde a  bilionésima parte do metro. Assim, a nanociência é o mundo que acontece minúsculo mundo dos átomos e moléculas e a nanotecnologia é a manipulação real, aplicação e uso de objetos, produtos e serviços de tamanho nanométrico em diversos campos do conhecimento e da produção.
     Há fenômenos da natureza que se manifestam e que somente podem ser explicados através da nanotecnologia, como por exemplo: como as lagartixas sobem tão facilmente nas paredes; a beleza da variedade de cores das borboletas subjaz a nanociência; a característica da flor de lótus de não absorver líquidos; o mistério da luminescência dos vagalumes. A partir da explicitação de fenômenos da nanociência podemos gerar industrialmente processos, produtos e serviços úteis aos serem humano. Essa determinante da produção industrial constitui um vetor que atua diretamente nas escolas do SENAI obrigando os pedagogos e os técnicos a incluírem, em caráter de urgência, esses conhecimentos nos currículos e programas, uma vez que o perfil profissional do formando se altera.
        O Departamento Regional do SENAI e a Superintendência do SESI de São Paulo saíram na frente com o programa de Educação em Nanociência e Nanotecnologia em todos os níveis de educação, que inclui os discentes do fundamental e médio do SESI-SP e dos cursos técnicos do SENAI-SP. Ricardo Terra, diretor técnico do SENAI-SP que dirige o programa afirma que “para além de uma tabela periódica em que combinações de elementos geram moléculas”. Hoje, uma nova dimensão do conhecimento “nano” permite criar novas moléculas não existentes, abrindo possibilidades para adentrar a uma novíssima dimensão do conhecimento, até então desconhecida. Desconhecida em termo, uma vez que as grandes potências hegemônicas EUA, Alemanha e França são protagonistas nesse campo. Dessa forma, se não nos apressarmos, mais uma vez, estaremos correndo o risco de perdemos o trem da história. Esse imperativo categórico (Kant) impõe as escolas técnicas e universidade do Brasil o dever de bem forma o nosso capital intelectual, seja de educação profissional de nível técnico ou de nível tecnológico com a inserção curricular da nanociência e da nanotecnologia.
       Assim, compreender a hidrofobia da flor de lótus, bem como a percepção das cores da asa da borboleta dos fenômenos de reflexão e reflação na estrutura molecular culminando no processo de iridescência, dentre outros processos que ocorrem no mundo da nanociência que são descobertos gerando a nanotecnologia em diferentes áreas do saber humano.
Inserção curricular da nanotecnologia
R.Terra (2013, p.31) explicita que no âmbito do SESI-SP, na pré-escola, o 1º passo é aprender os conceitos de nanotecnologia. No ensino fundamental está distribuído nas aulas de ciências que conta com a um recurso didático, um DVD, desenvolvido em parceria com a universidade do Taiwan. No ensino médio ocorre pela aplicação do tema na área da ciência do 10 elevado a menos nove com impacto direto na vida das pessoas uma vez que se trata de processos e produtos. No âmbito do SENAI-SP acontece pela inserção de um itinerário formativo inicial de 20h possibilitando a imersão teórico-prática em nanotecnologia.
Impacto econômico da nanotecnologia
Para Paulo Skaf (2013, p. 35) a expansão da nanotecnologia no mercado de produtos da ordem de US$ 135 bilhões em 2007, com probalidade de alcançar mais de US$ 263 bilhões ou mais nos próximos anos. A partir de 2015 o mercado mundial estima um fluxo de capital da ordem de US$ 3,1 trilhões. Sua aplicação dar-se na produção de produtos e serviços têxteis, novos materiais, medicamentos, alimentos, indústria automotiva e aeroespacial. No cenário, apenas integramos o grupo dos 35 países líderes no segmento. Entre os BRICs estamos atrás da Rússia, China e Índia.
     A exemplo do Departamento Regional de São Paulo, o SENAI, Departamento Nacional deve, de imediato, gerar as condições corporativas de caráter institucional, para incluir nos itinerários formativos do SENAI a unidade curricular de nanociência e nanotecnologia, com vistas a ampliar qualitativamente a formação dos jovens e adultos para o mundo do trabalho.
A inserção da nanotecnologia no currículo dos cursos técnicos representa um diferencial competitivo para o SENAI enquanto maior instituição formadora de jovens e adultos para o trabalho industrial no Brasil. É este diferencial competitivo que nos permitirá oxigenar nossos mantenedores para, aos poucos, superarem fortes concorrentes detentores tecnológico de um know how considerável. São os detalhes da formação profissional qualitativa que nos manterão na hegemonia e no respeito que a sociedade brasileira tem por nós do SENAI.
        Para além do Desenho Curricular, um projeto institucional, incluindo todos os regionais, de desenvolvimento competitivo demandará um investimento maior em ciência e tecnologia, como condição efetiva para a universalização dessa nova dimensão de conhecimento na educação profissional. Aparelhar o sistema educacional do SENAI com infraestrutura física, laboratorial e humana torna-se condição sine qua non. Incluir a nanociência nos cursos técnicos do SENAI significa sair da zona de conforto cultural, social e do mundo do trabalho para nos darmos condições de formar jovens capazes de enfrentar, no seio do trabalho, os forte concorrentes da indústria internacional nesse mundo globalizado.
SOMO TODOS SENAI! Um forte abraço!!

Raimundo Flor Monteiro
Especialista em Educação Profissional
SENAI-MA


Referenciais
LD. Linha Direta. Inovação-Educação e Gestão. Edição 184. Ano 16. Julho de 2013
http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/ciencias-exatas-informatica/nanotecnologia-687230.shtml

sábado, 22 de novembro de 2014

SALVE O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA!

SALVE O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA!
Por Raimundo Flor Monteiro.


Resumo:
Hoje, trago reflexões sobre o termo consciência negra, honra, questões legais, o legado e a retratação do estado brasileiro ao negro.
 
SALVE O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA”!
1ª parte:
Minha mãe, a Sra Elvira Rosa, hoje aos 93 anos, nasceu em 1921 e é contemporânea de Paulo Freire. Ela contou-me que meu avô Serafim Monteiro, nos idos de 1910, 1920 e 1930, em São Felix do Piauí, foi escravo na fazenda do capitão Hedoto, e que na década de 1930 eles já comemoravam a Lei Áurea (Lei Imperial n.º 3.353), sancionada em 13 de maio de 1888, que foi a que extinguiu a escravidão no Brasil. Essa Lei foi precedida pela de n.º 2.040 (Lei do Ventre Livre), de 28 de setembro de 1871, que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos, e pela lei n.º 3.270 (Lei Saraiva-Cotegipe), de 28 de setembro de 1885, que regulava "a extinção gradual do elemento servil". Ocorre que naquele tempo meu avô ainda era escravo, pois para ter sua gleba de terra cultivada pelos filhos, entre eles minha mãe, meu avô tinha que trabalhar integralmente, de graça para o capitão Herodoto. Era, a meu ver, uma espécie de suserania e vassalagem. Portanto, mesmo com a Lei Áurea, o negro continuou escravo, ou pior, livre e abandonado a sua própria sorte pelo estado brasileiro.
Etimologicamente o termo vem do latim “conscientia” tido como a capacidade que o homem tem de conhecer valores e mandamentos morais relativos a negritude e aplicá-los nas diferentes situações sociais para viver bem e harmonia social. Diz-se do testemunho ou julgamento secreto da alma, aprovando ou reprovando os nossos atos, ou ainda como sinônimo de honradez, retidão e de conhecimento. Essa última acepção vem do verbo honrar que expressa um sentimento que leva o homem a procurar merecer e manter a consideração pública. Ter consciência é ter à virtude, ter o talento e às boas qualidades humanas para interpretar a historicidade dos negros nesse país. 
Nos anais da história do Brasil o Dia Nacional da Consciência Negra é festivo e celebrado em 20 de novembro no Brasil, e tem o objetivo de fazer a sociedade pensar e refletir sobre a espoliação violenta sofrida pelos negros até conseguir gradativamente a sua inserção na sociedade brasileira. Quando eu era criança minha mãe costumava celebrar no dia 13 de maio que era o dia da libertação dos escravos. Hoje, porém, em função da morte do grande "Zumbi dos Palmares", em 1695, depois de brutalmente caçado.
Ante ao severo tratamento recebido pelos feitores a mando dos senhores de engenho lutamos bravamente, muitos de nós até a morte. O Dia da Consciência Negra é uma oportunidade de mostrar aos jovens a adultos leigos que a democracia e a liberdade que hoje, entre aspas desfrutamos, é produto de feitos históricos lavados e enxaguados com o sangue de nossos antepassados. Portanto, é uma data para nos lembrarmos da resistência do negro ao longo processo de sofrimento causado pela escravidão, desde os primeiros transportes dos nossos ancestrais africanos para o solo brasileiro nos idos de 1549.
Entidades criadas para dá continuidade ao Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras, o que é muito pouco ante a necessidade legal de incluir os brancos nesse processo de despertar da consciência.  Essas instituições procura orientar e prevenir contra o do desenvolvimento auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade, o que hoje se consuma como infligir a lei. Outros temas em foco pelas comunidades negras e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra.
Não tenho nenhuma dúvida de que o estado brasileiro faz pouco ante a condição de não repara a situação do negro no Brasil. Hoje, vivemos distribuídos em inúmeros quilombolas sem nenhuma condição de boa qualidade de vida. Pesquisas mostram que o estado se abstém de fornecer ao negro a saúde, a educação, a moradia, a habitação, e finalmente o bem mais precioso capaz de quebrar qualquer algema, uma “educação de qualidade”. Especialmente no Maranhão vivemos em precárias moradias, só sobrevivemos pela natureza generosa que Deus fez o maranhão, ou seja, casebres de palhas, alimentamo-nos dos frutos da floresta, da caça, da pesca. É ilegal imoral e repugnante ver o estado brasileiro no âmbito federal, estadual e municipal sem o mínimo escrúpulo para o cumprimento de sua função social em relação aos negros. Sem a preocupação de ressarcir a eterna dívida causado pela escravidão. A grande maioria dos negros ainda vivem abandonado nesse pais, e os intelectuais, a imprensa midiática não percebe esse biopoder já teorizado por Foucalt nos anos de 1960.
Estendo as minhas preocupações a todas as minorias que hoje esperam surgir o grande dragão do dos rios, das florestas, das cidades e do mar, para que as elites percebam que cuidar de si é também cuidar de outros. Não estou pedido programas sociais e políticas de dá o peixe sonho apenas com oportunidade de aprender a pescar, para nos possamos construir um novo Brasil, um novo mundo.

2ª parte:
Resumo:
Em 18 de maio de 2014 quando o juiz Eugênio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal nega que candomblé e a umbanda, entre outras práticas religiosas afro-brasileiras, não devem ser consideradas religiões, publiquei no facebook a 2ª parte.

VEIO A TORNA O QUE ESTAVA VELADO: A IDEOLOGIA DO BRANQUEAMENTO, PELO MITO DA DEMOCRACIA RACIAL.
Evidencia-se no Brasil o imaginário étnico-racial que privilegia a brancura e valoriza as raízes europeias da sua cultura, ignorando e pouco valorizando as matrizes Afro-brasileira, Africanas, Indígena e Asiática. Essa velada cultura escravocrata, por 5 séculos, tem mantido o sucesso de uns ao preço da marginalização e da desigualdade imposta a outros. A escola deve educar para desconstruir essa mentalidade racista e discriminadora secular e superar o etnocentrismo europeu, reestruturando relações étnico-raciais e sociais, desalienando processos pedagógicos.
O racismo, segundo o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira é crime inafiançável e isso se aplica a todos os cidadãos e instituições. Como diria minha Ilustre Professora, Dra Diomar (UFMA -2012), “isso posto”, espero que a CF se aplique a própria justiça, uma vez que o juiz Eugênio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal, externa que candomblé e umbanda, entre outras práticas religiosas afro-brasileiras não devem ser consideradas religiões. Para ele “ambas manifestações de religiosidade não contêm os traços necessários de uma religião a saber, um texto base (corão, bíblia etc) ausência de estrutura hierárquica e ausência de um Deus a ser venerado”.
No entanto, Cristina Wissenbach, professora de História da África da USP, discorda da avaliação do magistrado. “São religiões porque são conjuntos de crenças, rituais e divindades em torno das quais se congregam devotos”, afirma. “A umbanda e o candomblé são constituídas no processo de diáspora dos africanos escravizados trazidos ao Brasil e congregados em torno de crenças e divindades de matrizes africana.”
Ao DCNs para a Educação das Relações Étnicos-raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro- Brasileira e Africana (MEC – 2004. P.19), principia sobre “o fortalecimento de identidades e do diretos, ao orienta para: o desencadeamento de processo de afirmação de identidades, de historicidade negada ou distorcida; o rompimento com ideias negativas forjadas por diferentes meio de comunicação, contra os negros e povos indígenas e até mestiços pobres.
É bom não esquecer que a construção social, econômica e cultural da nação brasileira passou e passa por negros como Zumbi, Luiza Nahim, Aleijadinho, Cruz e Sousa, Solano Trindade, Antonieta de Barros, Milton Santos, Guerreiro Ramos, Clóvis Moura, Joaquim Barbosa, dentre outros trabalhadores negros de menor expressão (inclusive eu), que com inteligência e as mãos, com suor e sangue trabalham com perseverança e consistência na manutenção desse País.

Referencias
BERND, Zilá. 1987. Negritude e literatura na América Latina. Porto Alegre: Mercado Aberto.
CONCEIÇÃO, Sonia Fátima da. 1994. “Te amo”. Cadernos Negros 17. São Paulo: Qui­lombhoje.
CUNHA JUNIOR, Henrique. 1978. “Cabelos”. Cadernos Negros 1. São Paulo: Quilom­bhoje.
CUTI (Luiz Silva). Poesia Erótica nos Cadernos Negros. Disponível em http://www.qui­lombhoje.com.br/ensaio/cuti/TextocriticoErotismoCuti.htm. Acesso em 20/01/07.
DUARTE, Eduardo de Assis. 2004. Literatura Afro-brasileira: um conceito em constru­ção. XXXV Congrés de L’Institut Internacional de Littérature Íbero-Americaine, 2004. Poitiers, Fronteras de la Literatura y de la Crítica. Poitiers: IILI. 1: 54-54.
FRANÇA, Jean M. Carvalho. 1998. Imagens do negro na literatura brasileira. São Paulo: Brasiliense.
LIMA, Luciano Rodrigues. 2004. Poesia Negra Contemporânea: O redescobrimento do Brasil. Estampa de letra, 2004. Disponível em http://www.uneb.br/lucianolima/arti­gos/POESIA%20NEGRA%20CONTEMPORANEA.doc. Acesso em 25/01/07 .
MACEDO, Sérgio D.T. Crônica do negro no Brasil. Rio de Janeiro: Record Cultural, 1974.




domingo, 16 de novembro de 2014

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO POR COMPETÊNCIA

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO POR COMPETÊNCIA
Por Raimundo Flor Monteiro
Mestre em Educação
Assessor Técnico Especialista em Educação
SENAI-MA


A certificação Profissional faz o reconhecimento formal das competências de um Profissional, independente da forma como foram adquiridas, favorecendo, a sua inserção ou permanência no mercado de trabalho.
Assegura, também, que as empresas tenham trabalhadores qualificados para um desempenho eficiente e eficaz e, consequentemente produtos e serviços de melhor qualidade. Sua participação nesse processo é um importante passo para seu desenvolvimento pessoal e profissional.

VANTAGENS DA CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Para o trabalhador:
O Programa de Certificação de Competências Profissionais reconhece formalmente   as habilidades adquiridas com a prática, independente da forma como foram adquiridas , seja em cursos, programas de treinamento e desenvolvimento pessoal  ou no próprio trabalho,
Para a empresa:
Quando o empresário tem ciência de que está contratando um trabalhador diferenciado e que, para obter a certificação profissional, passou por uma avaliação e tem competências para o exercício da ocupação.

SEGMENTOS INDUSTRIAIS ATENDIDOS
·         Eletroeletrônica;
·         Eletromecânica;
·         Mecânica.

COMO É FEITA A CERTIFICAÇÃO
O profissional é avaliado por meio de provas escritas e práticas que verificam a competência profissional na habilitação em que o profissional deseja ser certificado.

POR QUE PARTICIPAR DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO?
Passando por essa avaliação e sendo aprovado, o profissional recebe o diploma de nível técnico, que comprova formalmente os seus conhecimentos, habilidades e atitudes.  Este documento é vitalício, serve para diferenciar a qualidade de um profissional, aumentando sua valorização no mercado de trabalho.

PRÉ-REQUISITOS PARA INSCRIÇÕES?
Ensino médio concluído;
Ter experiência profissional de, no mínimo 2 anos na habilitação a ser  certificada.

ÓRGÃO CERTIFICADOR?
SENAI-MA – Serviço Nacional de Educação Profissional do Maranhão
CEPT - Centro de Educação Profissional e Tecnológica do Distrito Industrial do SENAI-MA
CEC - Centro de Exame de Certificação
Telefone: (98)8782-9070

Por Raimundo Flor Monteiro
Mestre em Educação
Assessor Técnico Especialista em Educação
SENAI-MA


EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA NA PERSPECTIVA DO NOVO GOVERNO

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA NA PERSPECTIVA DO NOVO GOVERNO.
Por Raimundo Flor Monteiro – Mestre em Educação.

A Educação Profissional e Tecnológica é um fenômeno que permeia o tecido social. Desse modo, o atual contexto social, político e econômico delineiam um quadro favorável ou desfavorável ao pleno exercício das políticas publicas de Educação Profissional e Tecnológica. Dentro desse quadro o que pode acontecer nos próximos anos uma vez que ante aos apupos de 51,4 milhões de brasileiro o governo se reelegeu com 54,5 milhões?
Quando vi a mídia heterodoxa, ante a vitória de Dilma, pintar um quadro catastrófico do País, fiquei indignado e refutei! São maus perdedores, iguais aqueles torcedores que com a derrota do seu time colocam a culpa no juiz. Todavia, quando levantei a cabeça, para além do mundo da Metodologia SENAI de Educação Profissional, a qual estou responsável por implantar nos CEPTs do SENAI-MA, ao estudar, vi que a situação real e concreta do Brasil não é nada estável. Enquanto cidadão me preocupa, pois a boa saúde econômica favorece a manutenção e até a intensificação das políticas de Educação Profissional e Tecnológica.
Estamos diante de um cenário real preocupante uma vez que os juros, a inflação, a dívida publica estão mais altos do que há 04 anos, os investimentos estão baixos e a economia cresce pouco. Menos investimentos das empresas industriais, tem como consequência menor geração de emprego, por sua vez menor necessidade de trabalhadores com formação profissional.
Para manter a performance de geração de emprego especula-se que o Tesouro Nacional vai emprestar mais de 20 bilhões de reais para o BNDES para financiar  empresas a juros mais baixos e até Graça Foster, na Petrobras, seja substituída por Jaques Wagner.
No afã da comemoração a presidente colidiu com bandeiras contrárias do parlamento brasileiro ao propor um plebiscito para viabilizar a reforma política. A forte personalidade da presidente lhe demanda mais habilidade em comunicar-se no trato com o Congresso Nacional, aprimorando seu traquejo político. Conforme Carlos Pereira da (FGV) é preciso que a presidente considere três variáveis necessárias a sua mobilidade política, como segue: a) o tamanho da base aliada; b) o grau de divergência ideológica dos partidos; c) a forma como os partidos se comportam no governo. Qualidade que não faltou a presidente ao negociar com o congresso a implantação do programa PRONATEC – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego que foi criado pelo Governo Federal, em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica.
As dificuldades do governo, analisa Pereira (FGV), é em função da representatividade do governo do PT, PMDB e PC do B e PDT (direita) e PP e PR (direita), os dois últimos representam a diversidade ideológica. O PT com 26% da base aliada que ocupou 45% das vagas no governo; o PMDB obteve 23% da base parlamentar e só 17% dos cargos do executivo. Consequências: em 72% das votações do congresso o PT votou a favor do governo e o MPDB em 55% - Dilma, desde FHC, é a presidente com menor apoio do Congresso Nacional. O grupo de apoio a Dilma criou mais obstáculos que consensos em torno das suas propostas.
Qual é o panorama de crise? A Revista Exame, junto a uma consultoria de gestão, com 439 empresários e executivos de grandes empresas, revela que 20% deles acreditam em melhora do ambiente econômico e 80% acham que não vai melhorar; 2/3 apostam que em 2015 o crescimento não ultrapassa a 1% e outros 61% acreditam que vai haver recessão em 2015. E, então. Esse pessimismo pressupõe um baixo investimento em Educação Profissional e Tecnológica.
A crise é de confiança? Sim. As empresas acham que concluímos um ciclo de investimentos no Brasil, portanto, também de formação de técnicos especializados. Os economistas costumam considerar como o pior tipo de crise, a crise de confiança, porque segundo eles, seus efeitos são catastróficos quase sempre culminando em recessão.
O que fazer? Para a preservação do aumento da renda dos trabalhadores e a inclusão dos estratos sociais no mercado de consumo no Brasil será preciso que Dilma sinalize positivamente ao mercado, favorecendo a manutenção dos investimentos ante a uma correção de rota da economia pelo seu governo. Como? Atualmente li várias revistas especializadas em economia, além de exame, veja, blogs, assistir também a jornais e noticiários sempre acompanhado e tendo em mãos a minha caderneta de anotação para obter essas respostas:
a.       Conter os gastos públicos – nos últimos 4 anos eles aumentaram em proporção aos 12 anos anteriores, ou seja,  1998 a 2010 – variação de 2,4%; 2010 a 2014 – 2,1% - Despesa primária da União em relação ao PIB. Para Felipe Salto (Consultoria Tendências, 2014) a dívida das contas publicas é de R$ 550 bilhões, 10% do PIB;
b.      Conter a inflação – para manter a inflação no teto o governo segurou os preços dos combustíveis (12%), energia (30%) e até transportes públicos (9%);
c.       Incentivar os investimentos e a produtividade – em 2010 ele se aproxima de 20% e continua a cair para 19,5%, 19,3%, 18,2%, 18,4% e 16,7% respectivamente em 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014 – está aquém das necessidades do país, uma vez que ele, baixo, causa a estagnação da eficiência do trabalho;
d.      Controlar as contas externas que se deterioram – é a diferença entre exportações e importação que tem como produto o saldo da balança comercial. Ela caiu e essa queda piora as contas externas. Em 2011 – 29,8; 2013 – 2,4; 2014 – 2 bilhões.
Ante a todos esses desafios eu ainda acredito que Dilma terá capacidade de analisar e cultiva o que acertou em relação aos programas sociais e neles os Programas de Formação Profissional e Tecnológicas e admitir os erros cometidos na condução da economia e, sobretudo, mudar a forma de conduzir o Brasil. O primeiro inimigo é vencer e romper o silencia e dialogizar a nova politica. Se respaldar dos melhores e mais competentes intelectuais brasileiros para nos ajudar a vencer essa crise que a priori é de pura “confiança.”

Raimundo Flor Monteiro
Mestre em Educação
UFMA

Referencias:
EXAME – edição 1077 – ano 48 – n. 21.




sábado, 25 de outubro de 2014

DILMA CORAÇÃO VALENTE!

SE VOTO EM DILMA – CORAÇÃO VALENTE?  E POR QUÊ?
Para mim a História de Dilma Coração Valente o credencia a mais um mandato. Mas porquê? Lula e Dilma Coração Valente receberam um Brasil quebrado pela prática dos ideias do PSDB de um estado mínimo, mercados financeiros desregulados, a desestatização da economia, as privatizações, os privilégios ao capital especulativo, a flexibilização da legislação trabalhista e a precarização das relações de trabalho, dentre outros. Todos, partes fundamentais do programa do “Estado Mínimo”.
A aplicação dessas políticas por FHC subsidiaram, mais cedo do que imaginávamos, um mecanismo para concentrar ainda mais a riqueza e a renda (evidente nos casos brasileiro) e para centralizar e concentrar ainda mais os capitais (economia globalizada).
Sejamos intelectuais orgânicos (Gramsci) numa lutar forte para não esquecer e educar nossos filhos e alunos quanto a construção do momento histórico em que vivemos com Lula e Dilma no enfrentamento dos ideais do PSDB, que tem como mentores intelectuais os setores das elites políticas e empresariais desse país.
Os 12 anos de PT redundou num esforço hercúleo para amenizar os impactos do neoliberalismo no mundo nesses últimos 30 anos em que, com a bandeira em punho, conduzida pelo PSDB, demonizaram o estado de bem-estar social e protagonizaram a intervenção estatal na economia e impuseram, a ferro e fogo, o programa do “Estado Mínimo”, e agora, com Aércio, se forem reeleitos conclamarão o “Estado Neoliberal” a reduzir a zero os direitos sociais, já minguados dos trabalhadores brasileiros. Amigos (as) a bandeira do PSDB é neoliberal e do PT é social, com todas as deficiências mais é social e funcionou com a alavanca de Arquimedes, impulsionou o Brasil. Nós não podemos negar isso é governo teve cuidou dos mais necessitados. Não se esqueça disso. Eu tenho inúmeros compadres no interior que hoje tomam café, almoçam e janta.
 Não nos enganemos, pelo mundo afora, há uma verdadeira enxurrada de trilhões de dólares que são mobilizados pelos bancos centrais e pelos organismos financeiros internacionais, dinheiro público, para dar “liquidez” aos mercados, evitar a quebra dos bancos e do sistema financeiro internacional. Lula e Dilma Coração Valente foram obrigados cuidar do sistema financeiro, todavia, sem esquecer os mais necessitados. Os programas sociais proporcionaram a desconcentração de renda.
O discurso do candidato Aércio Neves não condiz com a bandeira do PSDB e nega que apesar da evidente inviabilidade do programa neoliberal, ele quer nos persuadir que a crise atual é resultado de uma “barbeiragem” do mercado, da ação pontual e desleixada de certos operadores, com origem circunscrita aos sub primes do mercado imobiliário norte-americano.
Tal argumento, além de tentar justificar a verdadeira estatização do
sistema financeiro, e a socialização dos prejuízos, busca evitar um debate mais profundo sobre as características, extensão e profundidade da crise sistêmica do modelo neoliberal que ora desmorona, e da imperiosa necessidade de uma política de maior controle social e democrático da atividade econômica, da intervenção e planejamento estatal na economia que o PT iniciou com esforço tremendo.
 O que ouve nessa campanha foi que o PSDB vai assumir o papel do PT. Um paradoxo, pois sua ideologia pressupõe um Estado Mínimo. Os ideias socialista do trabalhador é defendido pelo PT. O projeto neoliberal Aércio Neves não apresentou, nem mesmo admitiu que seu coadjuvante FHC o acompanhasse na campanha. Todavia, se ele ganhar essas eleições preparemo-nos, dias difíceis virão. Eles quebrarão o Brasil outras vezes, como já fizeram no passado.
Desse modo, só temos uma alternativa: entre o neoliberalismo excludente do PSDB e o socialismo capenga do PT, crave Dilma Coração Valente.
Por falta de opção eu ainda devo acreditar: Dilma ... Dilma.... Coração Valente!

Raimundo Flor Monteiro
Mestre em educação
São Luís-MA


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O INCRÍVEL HEIDER PINHEIRO INSTRUTOR DO SENAI-MA

Heider Pinheiro é o único avaliador com deficiência visual da OC2014
Ele é da ocupação tecnologia da informação e julga 15 competidores cegos

Heider foi descoberto pelo professor Dalcival Alves, um nato caçador de talentos, que de imediato o contratou para ser instrutor de informática de nossa escola, o CETAM – Centro de Educação Tecnológica e Ações Móvel da Br 135 – SENAI-MA em 2001. Em 2002 Heider e eu vinhamos de ônibus quando ao se aproximar da escola do SENAI-MA da Br 135, Heider puxava o fio de parada ônibus e gritava “para, para”. Desconfie daquela atitude. Pensei, "será que Heider enxergava o vulto"? "Como ele sabia que estávamos passando em frente a escola"? Logo que o ônibus parou, eu o cumprimentei e, lhe disse: “Heider você enxerga”? “Pelo menos o vulto”? Ele sorriu e me disse: “aqui em frente a Oleama o cheiro de torta de babaçu é tão forte que se torna impossível não reconhecer onde estamos”. A plasticidade neuronal já fazia parte de Heider, simplesmente, ele enxergava com os outros órgãos do sentido. Neste caso, com o olfato. Mas, essencialmente ele interpreta e ler o mundo, muito mais pela audição. Pelo som ele consegue mensura a distancia dele ao objeto e, por vezes, sem perder a noção de espaço tempo surpreender.
Enquanto supervisor técnico do então CETAM do SENAI-MA passei a admirar esse super heroi, o verdadeiro Matt Murdock, o Demolidor da vida real.
Assim, quando os alunos, isolados ou em conjunto, apresentavam problemas de disciplina, angústia, ou falta de interesse lá estava eu e meu convidado Heider Pinheiro, ilustrado na foto abaixo. Eu o apresentava ele fazia e faz as palestras. Os meninos e meninas ficavam apreensivos quando Heider comparava suas facilidades com as dificuldades que ele passou. Muitos garotos (as) não conseguiam controlar a emoção. O fato é que tomavam consciência da realidade do real em um sistema que exclui que não dispõe de ferramentas para ganhar a vida. Ele sempre diz "você é responsável por você mesmo, por sua família e pelo mundo". "Assim, você deve ser capaz de transformá-lo em algo melhor". Quando brinco: Você se inspirou em Karl Marx? Ele responde, não. me inspirei em minha mãe que, infelizmente, nunca teve oportunidade de ler Marx, mas graças a Deus me deu condições de lê-lo.

Mais surpresos ficavam quando ele demonstrava como venceu as dificuldades, perdas, dor, angústia e até a visão sem perder a esperança e a alegria. Sim, porque Heider sempre está alegre e sorridente e pronto para encarar os desafios.
Mesmo eu, que me achava o tal, ao perder meu irmão mais novo que eu em dois anos, fiquei péssimo. E calado ao lado do amigo, ele de pronto percebeu. Contei-lhe o ocorrido e ele disse “seja forte, também perdi a poucos dias um anti querido, nem por isso deixei de vir trabalhar com os meus alunos, eles me devolveram a paz que eu precisava”. “Vai ser assim também com você”. “Experimenta trabalhar”. “Agora vai ao banheiro e termina de chorar, não fica bem entrar na sala com os olhos molhados de lágrimas”. Ele é assim, simples e objetivo.
Não obstante, Heider é também um excelente jogador de futsal, chegou a envergar a camisa da seleção maranhense de futsal em várias oportunidades. Seu domínio com bola é espetacular tal qual seu chute de canhota. Incrível como raramente ele erra o chute e o gol. Eu o vi jogar várias vezes e ficava admirando a habilidade do cara. O radar dos seus sentidos é tão fantástico que substitui a visão.
Segue o texto do pessoal do SENAI-DN elaborado por ocasião da OC 2014:
As limitações impostas pela cegueira não impediram o avaliador Heider Pinheiro, da ocupação tecnologia da informação para pessoas com deficiência, de realizar seu sonho. Ele ingressou no SENAI do Maranhão um ano depois que perdeu totalmente a visão, devido a um glaucoma.
Pinheiro é o único avaliador com deficiência visual da OC 2014 e sua área tem com 15 competidores também cegos. Para que os competidores e o próprio avaliador possam desempenhar suas funções, é necessário um programa chamado leitor de tela, instalado na placa de som do computador, que converte as informações escritas em áudio.
De acordo com Pinheiro, o programa permite que os deficientes visuais trabalhem normalmente, acessando e elaborando documentos de todos os arquivos do pacote Office. “A única limitação são os desenhos, mas ainda assim é possível editar algumas imagens”, afirma.
No que diz respeito ao mercado de trabalho, Pinheiro acredita que ainda há poucas oportunidades para os deficientes visuais. “O mercado privado é o mais problemático, pois muitos empresários simplesmente desconhecem a questão”, afirma.
O principal foco, segundo ele, ainda são os concursos públicos, que reservam vagas por força da legislação. “De qualquer forma, já mostramos que somos capazes de desempenhar nossas funções normalmente na área de TI”, complementa.
A OLIMPÍADA – Em sua 8ª edição, a Olimpíada do Conhecimento foi realizada
(6), no Expominas. A competição reúne mais de 800 competidores, divididos em 58 ocupações técnicas ligadas à indústria, ao setor de serviços e à agropecuária. Durante os quatro dias, os concorrentes, alunos do SENAI, Senac e Institutos Federais de Tecnologia, realizam tarefas semelhantes às que teriam em situações reais nas empresas.


Por Raimundo Flor Monteiro
Mestre em Educação
SENAI-MA