quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

SOBRE A CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO POLO DE CONFECÇÃO DE ROSÁRIO NO ESTADO DO MARANHÃO


SOBRE A CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO POLO DE CONFECÇÃO DE ROSÁRIO NO ESTADO DO MARANHÃO
Por Raimundo Flor Monteiro

UM L A N Ç A M E N T O I N É D I TO !
ADQUIRA O LIVRO "VENDA DE SONHOS E COMPRA DE PESADELOS" NA PPPG DO MESTRADO EM EDUCAÇÃO – UFMA - INVESTIMENTO R$ 30,00.
A dois meses atrás, na SECTI-MA, tivemos a honra de prestigiar o lançamento do livro ‘Vendas de Sonhos e Compra de Pesadelos” da autoria de nossa mui amiga a Profª Dra Maria José Cardozo (UFMA), oportunidade em que adquirimos 2 exemplares. Após o deleite (leitura prazerosa), podemos afirmar que vale a pena, pois a autora desvenda os conflitos e contradições sociais do real em questão com habilidade, trilhando o “Materialismo Dialético Histórico” de Marx. Assim, torna compreensível, até para os leigos, a reestruturação e desregulamentação dos mercados sob os auspícios da nova (re)estruturação produtiva do capital e suas intersecções com a qualificação e exploração dos trabalhadores na década de 90 do século XX, com consequências impactantes para o hoje.
=>Pudemos identificar os determinantes históricos da economia maranhense integrada à economia brasileira em movimento, impulsionada pelo vetor investimento taiwanense, via empresa KAO I em nosso Estado, que resultou na tentativa frustrada de implantação do polo de Rosário – MA.
=>Constatamos que os fatos, frutos da pesquisa estão dissertados com clareza, coerência e objetividade, desvelando uma verdadeira odisseia opressiva, de caráter escamoteador, propiciado pela KAO I na formação de grupos de trabalho e criação da pseudo cooperativa de confecção.
=>Como pano de fundo das temáticas, ao longo dos capítulos do livro, se percebe com clareza o sensacionalismo midiático político, gerado pela perspectiva de instalação e funcionamento do polo, com o fito de manter o status quo do Grupo Político que detinha a Máquina do Estado do Maranhão.
=>Na conclusão contemplamos um paralelo entre a ‘Fábrica de Confecções de Rosário-MA e Refinaria Premium’, culminando com o informe público da Petrobrás de que o projeto da Refinaria Premium I seria revisto, readequado para 2018, podendo ser antecipado para 2017. Será? Tema para uma nova pesquisa.
=>Parafraseando P. Freire, posso afirmar que o livro de CARDOZO contribui para que o leitor possa melhor "ler, interpretar o mundo e nele bem se situar", tornando-se mais consciente e preparado para enfrentá-lo com êxito.
Atenciosamente: Ray Monteiro - Formação: Técnica em Contabilidade, Técnica em Secretariado, Técnica em Estética (SENAC.COMPRE!
Raimundo Flor Monteiro - Formação: Técnico em Administração de Empresas (C. Irmã Berta), Ajustador Mecânico (SENAI-Bacabal), Pedagogo (UEMA), Licenciado em Mecânica (IFMA), Especialista Gestão de Pessoas (UCAM), Especialista em Supervisão Escolar (UCAM), Especialista em Projetos Educacionais (UFSC), Mestre em educação (UFMA).




Dileta platéia composta por amigos, intelectuais, políticos e familiares da amiga Professora Dra Maria José Cardozo presente no dia 26/10/2016 no salão nobre do CECTI-MA para o lançamento da obra Venda de Sonhos e Compra de Pesadelos - Editora EDUFMA.







quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

CENTRO DE CULTURA POPULAR DOMINGOS VIEIRA FILHO

CENTRO DE CULTURA POPULAR DOMINGOS VIEIRA FILHO
Localização: Rua 28 de Julho – Centro de São Luís-MA
Por Raimundo Flor Monteiro

         Aspecto didático- pedagógico.

        Os professores de sociologia, filosofia, artes, história, pluralidade cultural, etc, muitas as vezes, não vem o caso agora, não dispõe de condições ideais para realizar visitas técnicas. Essa proposta visa colocar a disposição dos docentes e discentes de educação básica e educação profissional, através da tecnologia midiática, o acesso às informações e conhecimentos inerentes as unidades curriculares supra citadas, considerando a questão interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar. Principais recursos: texto e fotografias.
No dia 07/12/2016 das 11 às 12h estive no Centro de São Luís, a Rua 28 de julho, visitando o “Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho”. O Centro compõe a rica estrutura disposta pelo Estado do Maranhão para fomentar, divulgar e incentivar a produção cultural e artística do Estado através da Secretaria de Cultura e Turismo do Maranhão que mantém sob a sua coordenação esse espaço pensado para oferecer uma visão, a mais completa possível, da produção cultural maranhense no campo de sua arte, cultura e história.
Para entender o Centro é preciso conhecer o conceito de Cultura Brasileira:

É tida como o resultado da miscigenação de diversos grupos étnicos que participaram da formação da população brasileira. A diversidade cultural predominante no Brasil é consequência também da grande extensão territorial e das características geradas em cada região do país. A formação da cultura brasileira, em seus vários aspectos, resultou da integração de elementos das culturas: indígena, do português colonizador, do negro africano, como também dos diversos imigrantes. O negro africano foi trazido para o Brasil para ser empregado como mão de obra escrava. Conforme as culturas que representavam (ritos religiosos, dialetos, usos e costumes, características físicas etc.) formavam três grupos principais, os quais apresentavam diferenças acentuadas: os sudaneses, os bantos e o malês. (sudaneses islamizados). De modo geral, a contribuição cultural dos negros foi grande: na alimentação; nas danças (quilombos, maracatus e aspectos do bumba meu boi); nas manifestações religiosas como é o caso do Maranhão. (FREIRE, 1933)

O Centro disponibiliza a estrutura dos recursos socioculturais, tais como indumentária, instrumentos musicais, usos e costumes relativos aos cultos afro-brasileiros historicamente vigentes na cultura maranhense, a mais rica do Brasil, uma vez que inclui diversificados cultos afro-maranhenses, entre os quais podemos destacar: Babaçuê, Candomblé, Encantaria, Pajelança, Quimbanda, Tambor-de-Mina, Terecô, Umbanda.
É importante ressaltar que as atividades inerentes aos cultos afro-brasileiros foram perseguidos e criminalizados durante um longo período da história brasileira.
A umbanda, nos anos 40, era incluída no rol dos inimigos do catolicismo. A visita ao centro nos trás a concepção histórica de toda uma vivencia social das pessoas que, em um país de maioria absoluta de católicos, a prática religiosa negra e a umbanda reformada, mesmo ampliando suas linhas e aproximando-se do folclore foram e, em algumas regiões do Brasil, ainda são duramente perseguidas. Até a algum tempo atrás pelas delegacias de costumes até a década de 60 do século passado.
Para combater o surgimento e proliferação da Umbanda, a Igreja Católica Romana, através Secretariado Nacional de Defesa da Fé, criou em 1952 o Secretariado Especial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com vista a enfrentar e deter o crescimento do número de fiéis da Umbanda e demais “cultos mediúnicos”.
Para reduzir a intensidade da força da “intolerância religiosa” você precisa conhecer e interpretar o riquíssimo conceito de cultural arte, cultura e história maranhense. A cultura afrodescendente se consubstancia como a manutenção da revivescência das crendices trazidas pelos escravos trazidas de sua pátria africana. Nesse aspecto a umbanda torna-se a expressão da afirmativa social humana dos negros. Portanto, merecem de tordos nos o respeito e tolerância ao culto religioso do outro.
São consideradas religiões afro-brasileiras, todas as religiões trazidas para o Brasil pelos negros africanos, na condição de escravos, ou seja, religiões que absorveram ou adotaram usos, costumes e rituais africanos. Como você pode ver na relação abaixo, o Maranhão se destaca na vertente de diversidade cultural afro-brasileira, por apresentar em dados quantitativos e qualitativo de maior número de cultos.
·        Babaçuê - Maranhão, Pará
·        Batuque - Rio Grande do Sul
·        Cabula - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
·        Candomblé - Em todos estados do Brasil
·        Culto aos Egungun - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
·        Culto de Ifá - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
·        Encantaria - Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas
·        Omoloko - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
·        Pajelança - Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas
·        Quimbanda - Em todos estados do Brasil
·        Tambor-de-Mina - Maranhão, Pará
·        Terecô - Maranhão
·        Umbanda - Em todos estados do Brasil
·        Xambá - Alagoas, Pernambuco
·        Xangô do Nordeste – Pernambuco.

Assim, no Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho podemos destacar e fotografar.
  • Indumentária masculina;
  • Indumentária feminina;
  • Indumentária dos deuses afro-brasileiros;
  • Diversos instrumentos musicais;
  • Os grandes líderes do candomblé;
  • Quadros dos deuses afro-brasileiros;
  • Estátua de deuses afro-brasileiros;
  • Murais com bibliografias de líderes religiosos;
Fotografamos parte das peças do “Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho” como segue:
Referências:
FREIRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzalapublicado em 1933.