Por Raimundo Flor Monteiro.
A ciência, no entendimento de ALVES, 2007, P.13, se desenvolve, em parte, pela necessidade de um método de conhecimento que permita, através dele, a compreensão dos fenômenos. O fenômeno político que ora se desenvolve no Brasil, se caracteriza como um momento histórico digno de estudado nas mais renomadas Universidades do mundo.
Para JULIAN, 2014, interpretando (BOBBIO, 1987) diz que se por Ciência Política entende-se hoje uma investigação no campo da vida política capaz de satisfazer três condições: o princípio de verificação ou de falsificação como critério da aceitabilidade de seus resultados; o uso de técnicas da razão que permitam dar uma explicação causal ao objeto de investigação; e a abstenção ou abstinência de juízos de valor, chamada “avaloratividade”. Conclui-se que o governo Bolsonaro trás o princípio da falsificação, nega o uso da técnica da razão e utiliza juízos avalorativos. Mas por quê concluir precocemente Raimundo? Porque o motor da dinâmica valorativa política bolsonariana se fundamenta e se apoia na "crise".
A palavra "crise" trás um impacto negativo em muitas pessoas. Todavia, pelo que parece o atual governo gosta tanto delas que chega mesmo a ter a proeza de criá-las. Quando o presente está transcorrendo bem, o próprio governo provoca uma ou várias crises. Isso nos trás uma certeza em meio a tantas incertezas, o cenário futuro, para esse governo, não será bom, será permeado de crises.
As teorias políticas hodiernas não respondem por essa inverossímil realidade brasileira. Como é possível um executivo presidente república governar provocando crises? hoje, temos toda dinâmica técnica e científica voltada para resolver problemas e não criá-los.
A Globo, na 2a, 3a e 4a feira, dias 14, 15 e 16/ outubro de 2019, se não me engano, por ocasião da viagem do presidente a Arábia Saudita, veiculou em seus jornais que havia contradição no depoimento do porteiro do prédio do condomínio onde morava o presidente da republica, um depoimento de abril de 2018, uma vez que o referido porteiro afirmava que foi o, até então Deputado Bolsonaro que havia autorizado a entrada de um dos assassinos da Deputada Mariele. A contradição estava na constatação de que neste dia o Deputado se encontrava dando expediente na Câmara dos Deputados em Brasília.
Para JULIAN, 2014, interpretando (BOBBIO, 1987) diz que se por Ciência Política entende-se hoje uma investigação no campo da vida política capaz de satisfazer três condições: o princípio de verificação ou de falsificação como critério da aceitabilidade de seus resultados; o uso de técnicas da razão que permitam dar uma explicação causal ao objeto de investigação; e a abstenção ou abstinência de juízos de valor, chamada “avaloratividade”. Conclui-se que o governo Bolsonaro trás o princípio da falsificação, nega o uso da técnica da razão e utiliza juízos avalorativos. Mas por quê concluir precocemente Raimundo? Porque o motor da dinâmica valorativa política bolsonariana se fundamenta e se apoia na "crise".
A palavra "crise" trás um impacto negativo em muitas pessoas. Todavia, pelo que parece o atual governo gosta tanto delas que chega mesmo a ter a proeza de criá-las. Quando o presente está transcorrendo bem, o próprio governo provoca uma ou várias crises. Isso nos trás uma certeza em meio a tantas incertezas, o cenário futuro, para esse governo, não será bom, será permeado de crises.
As teorias políticas hodiernas não respondem por essa inverossímil realidade brasileira. Como é possível um executivo presidente república governar provocando crises? hoje, temos toda dinâmica técnica e científica voltada para resolver problemas e não criá-los.
A Globo, na 2a, 3a e 4a feira, dias 14, 15 e 16/ outubro de 2019, se não me engano, por ocasião da viagem do presidente a Arábia Saudita, veiculou em seus jornais que havia contradição no depoimento do porteiro do prédio do condomínio onde morava o presidente da republica, um depoimento de abril de 2018, uma vez que o referido porteiro afirmava que foi o, até então Deputado Bolsonaro que havia autorizado a entrada de um dos assassinos da Deputada Mariele. A contradição estava na constatação de que neste dia o Deputado se encontrava dando expediente na Câmara dos Deputados em Brasília.
A reação do presidente foi de extrema indignação contra a rede globo e contra o então governador do Rio de Janeiro Witzel. Em entrevista o presidente reiterou que já havia sido avisado pelo referido governador de um suposto processo que tramitava em segredo de justiça, em relação ao caso. Os ataques do presidente foi culpar o governador pelo vazamento de informações e chamou de "patifaria"o jornalismo da globo, quanto a veiculação que, segundo ele, objetiva desgastar o presidente da república.
Um detalhe me chamou atenção no referido episódio, foi a intensidade do descontrole emocional a que se encontrava o presidente. Revoltado ele xingou, blefou, mostrando-se por demais indignado.
Em 31/10/2019, foi publicado na mídia, uma entrevista dada pelo o Deputado Estadual Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da república, a jornalista Lêda Nagle, ex Rede Brasil. Na referida o Deputado relatava a suposta perseguição a que esta exposto, no dia-a-dia, o seu pai, o então presidente da república Eduardo Bolsonaro. Daí, constatou que ante a essa contundente e acirrada crítica e perseguição da Esquerda, sugeriu a reedição do AI5, para disciplinar e impedir os ataques, segundo ele, cruéis e injustos.
Mas, o que é o AI5? o AI5 é o Ato Institucional que fechou o congresso nacional, ou seja, Câmara dos deputados e senado, promulgado pelo presidente da república Costa e Silva em 1968, durante os chamados anos de chumbo.
O Ato Institucional nº 5, famoso AI5, foi um decreto editado em 13 de dezembro de 1968, no governo do marechal Costa e Silva, que marcou o período mais duro da ditadura militar no Brasil (1964-1985). O decreto concedeu ao presidente poderes amplos e quase ilimitados, para fechar o Congresso Nacional e demais casas legislativas por tempo indeterminado e cassar mandatos.
O AI-5 deixou um saldo de cassações, direitos políticos suspensos, demissões e aposentadorias forçadas. Considerado o mais radical decreto do regime militar, também abriu caminho para o recrudescimento da repressão, com militantes da esquerda armada mortos e desaparecidos.
Outubro e novembro de 2019, está sendo marcado por uma crise entre Bolsonaro e o PSL, em função de ilícitos praticados no processo de campanhas eleitorais de 2018. O presidente decide criar um novo partido Aliança Pelo Brasil.
Por conta de uma coletiva dada a imprensa nos EUA, o Ministro Paulo Guedes, afirma que a política brasileira, que se redesenha, não é mais de juros altos. Nesse aspecto o cambio permanecerá um tanto, quanto mais, flutuante. O fato é que o dólar disparou e chegou a cotação de R$ 4,27. Esse fato se agrava dado que, dado as questões na pecuária da China, a carne de boi teve aumento considerável, sem falar na gasolina que chega a R$ 4,20 o litro.
Assim, constitui um grande desafio alinhar os preceitos científicos para gerir politicamente um país, num contexto de elevada crise. Desconfio que o precípuo objetivo desse governo é confundir a opinião pública com sucessivas crises, através da contradição e negação das verdades consolidadas na história como "barbaridades predatórias do homem", tais como o nazismo, o holocausto, a discriminação, o golpe militar, a escravidão, dentre outras, talvez seja um método de gestão do atual governo. O fato é que paradoxalmente, o governo tem conseguido conduzir o povo, com seus métodos reducionistas anti-valor pouco convencionais. Vamos esperar para ver até onde vai essa estratégia de contradição do óbvio através de um saudosismo revanchista extremista, anti-social, anti-democrático, discriminador e até, de certa forma, doentio.
BORBA, Julian. Ciência política / Julian Borba. – 3. ed. – Florianópolis: Departamento
de Ciências da Administração/UFSC, 2014. 134 p. : il.
ALVES, Magda. como escrever teses e monografias, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007 - 2a reimpressão.
BOBBIO, Norberto, 1909-Dicionário de política I Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco
Pasquino; trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. - Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1 la ed., 1998.Vol. 1: 674 p. (total: 1.330 p.) Vários Colaboradores. Obra em 2v.
Outubro e novembro de 2019, está sendo marcado por uma crise entre Bolsonaro e o PSL, em função de ilícitos praticados no processo de campanhas eleitorais de 2018. O presidente decide criar um novo partido Aliança Pelo Brasil.
Por conta de uma coletiva dada a imprensa nos EUA, o Ministro Paulo Guedes, afirma que a política brasileira, que se redesenha, não é mais de juros altos. Nesse aspecto o cambio permanecerá um tanto, quanto mais, flutuante. O fato é que o dólar disparou e chegou a cotação de R$ 4,27. Esse fato se agrava dado que, dado as questões na pecuária da China, a carne de boi teve aumento considerável, sem falar na gasolina que chega a R$ 4,20 o litro.
Assim, constitui um grande desafio alinhar os preceitos científicos para gerir politicamente um país, num contexto de elevada crise. Desconfio que o precípuo objetivo desse governo é confundir a opinião pública com sucessivas crises, através da contradição e negação das verdades consolidadas na história como "barbaridades predatórias do homem", tais como o nazismo, o holocausto, a discriminação, o golpe militar, a escravidão, dentre outras, talvez seja um método de gestão do atual governo. O fato é que paradoxalmente, o governo tem conseguido conduzir o povo, com seus métodos reducionistas anti-valor pouco convencionais. Vamos esperar para ver até onde vai essa estratégia de contradição do óbvio através de um saudosismo revanchista extremista, anti-social, anti-democrático, discriminador e até, de certa forma, doentio.
BORBA, Julian. Ciência política / Julian Borba. – 3. ed. – Florianópolis: Departamento
de Ciências da Administração/UFSC, 2014. 134 p. : il.
ALVES, Magda. como escrever teses e monografias, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007 - 2a reimpressão.
BOBBIO, Norberto, 1909-Dicionário de política I Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco
Pasquino; trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. - Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1 la ed., 1998.Vol. 1: 674 p. (total: 1.330 p.) Vários Colaboradores. Obra em 2v.
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