PAULO FREIRE SERÁ SEMPRE UM EDUCADOR REVOLUCIONÁRIO?
Por Raimundo Flor Monteiro
Os mais importantes
estudiosos (teóricos), refiro-me aos grandes intelectuais da educação
do mundo, fazem referencias ao educador brasileiro, mestre de todos, o grande educador o
Paulo Freire. Também os gurus, que são os show mens que atuam para o grande
capital, nos EUA, Europa e no Brasil, junto a empresas, para orientar os
executivos e Rhs em como cooptar os trabalhadores para produzir mais, o
respeitam. Já os intelectuais da educação atuam nas academias e geralmente
analisam a educação no sistema capitalista.
No Brasil, a meu ver, não há a prevalência do respeito a Paulo Freire pelos intelectuais, isolados que estão na acadêmia, sobre os show mens, uma vez que estes últimos são típicos apologistas na comunidade Européia dos países desenvolvidos e também os dos países periféricos como os da América Latina. portanto, o titulo de patrono da Educação Brasileira pouco influenciou a educação brasileira.
No Brasil, a meu ver, não há a prevalência do respeito a Paulo Freire pelos intelectuais, isolados que estão na acadêmia, sobre os show mens, uma vez que estes últimos são típicos apologistas na comunidade Européia dos países desenvolvidos e também os dos países periféricos como os da América Latina. portanto, o titulo de patrono da Educação Brasileira pouco influenciou a educação brasileira.
Desde os primeiros escritos de Paulo Freire, na década de 60 até os dias
atuais, ele continua atual e revolucionário utópico, como um dos teóricos da
educação mais citados pelos pesquisadores, decantado e louvado em versos e prosas, não aqui, mais fora do Brasil.
Li a "pedagogia do oprimido" no início da década de 1980.
Naquela época eu não tinha base e fiquei me perguntando o porque esse homem era
tão grande, se dizia coisas sem nexo e totalmente alheia a nossa realidade. Eu
estava errado quando pensei com meus botões "Paulo Freire é um sujeito
alucinado que anda com os pés na terra e a cabeça no ar" um deprimente
delirante.
A verdade é, pelo menos pra mim, que não se deve ler Paulo Freire antes
de uma leitura regular ou profícua da obra de Karl Marx e Friedrich Engels.
No meu caso havia outros fatores
sociais que me afastavam ainda mais de entender e quando pensava que entendia
não concordar em nada com as teorias e pressupostos freirianos. Para entender
Paulo Freire, a meu ver, é necessário ter leitura sobre o marxismo.
Mas quem foi Paulo Freire filósofo o grande teórico da educação? Simples, ele foi e continua a ser um neomarxista. Ou seja, sua obra está intimamente imbricada com a corrente filosófica humanista e crítica de cunho socialista contida na obra de Marx. Portanto, não se entende um sem o outro. Alias, não se entende nada do pensamento socialista sem uma correta e imparcial leitura de Karl Marx.
Mas quem foi Paulo Freire filósofo o grande teórico da educação? Simples, ele foi e continua a ser um neomarxista. Ou seja, sua obra está intimamente imbricada com a corrente filosófica humanista e crítica de cunho socialista contida na obra de Marx. Portanto, não se entende um sem o outro. Alias, não se entende nada do pensamento socialista sem uma correta e imparcial leitura de Karl Marx.
Oxalá, eu fui um aprendiz de mecânica, forjado nas escolas de base de
uma das mais tradicionais escolas profissionalizantes do Brasil, onde a
"aprendizagem para o trabalho" era a premissa pedagógica mais
importante. Ou seja, realizar tarefas e operações típicas do fordismo. Ora,
estudei na década de 1970 no período de 1974 a 1975, quando conclui o curso de
"Ajustador Mecânico". Paralelo aos meus estudos trabalhei, já que
precisava complementar a renda mensal de minha família, na condição de
biscateiro em uma empresa (oficina mecânica) de minha bela cidade natal,
chamada Bacabal do Maranhão.
Ao concluir o curso em 1975, por já ter adquirido os dois anos de experiencia
profissional (1974 e 1975) na indústria, pude participar do seletivo para
instrutor de Ajustagem Mecânica em que havia me formado. E o melhor, consegui
aprovação. Após um ano de estágio iniciei em 1977 a carreira do magistério como
instrutor de educação profissional.
A premissa básica na década de 1970, em pleno regime militar -
"Brasil ame-o ou deixe-o" - era educar para o trabalho, uma vez que o
trabalho é um lócus que exige disciplina. A disciplina para o trabalho se
concretizava por um conjunto de valores pautados no conhecimento das
tecnologias, o domínio do cálculo, do desenho técnico-mecânico, bem como o
coroamento final, oriundo dos três elementos anteriores, que era a prática
profissional.
Aqui interpretamos a prática profissional, como o conjunto das habilidades mentais e manipulativas, capazes de nos fazer transformar uma dada matéria bruta em produto semi-acabado ou acabado.
Aqui interpretamos a prática profissional, como o conjunto das habilidades mentais e manipulativas, capazes de nos fazer transformar uma dada matéria bruta em produto semi-acabado ou acabado.
Se olharmos no retrovisor da história, veremos que vivíamos o auge da prática
pedagógica propagada pela tendência tecnicista em educação tipica do modo de
produção taylorista/fordista. Eu só queria saber transmitir, ensinar,
demonstrar e repetir exaustivamente cada uma das operações contidas nas tarefas
pertencentes a um projeto de curso de qualificação de aprediz. Minha função era
transformar aqueles garotos em operários disciplinados e subservientes ao
trabalho, capazes de dá até seu último folêgo para concluir um dado trabalho,
para assim receber seu justo salário.
Mas foi ai que conheci Paulo Freire, e com ele a frase "quando a
educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor". Essa fraseme fez pensar: Qual é a finalidade da
educação? Como pode o trabalhador não querer ser o patrão? Colerizado, pensei
com meus botões: esse educador é um delirante e sonhador.
Foi complexo e traumático pra mim, descobrir que minha prática pedagógica era
um prática alienadora e castradora e que eu estava navegando na contra mão da história.
Hoje posso garantir, Paulo Freire teve, tinha e terá sempre razão sobre
suas conclusões educacionais, produto de suas reflexões. Mas só se pode
perceber as suas teses balizadoras nas ciências humanas, si dispusermos do
capital intelectual básico contido nas obras de Marx.
Partimos do conceito de educação, daquela
educação que pela primeira vez foi explicitada nos princípios da didática magna
de Coménius. Ou seja, uma educação tradicional que evolui para uma
educação crítica de Marx. Freire concebeu
uma “Pedagogia que fez da opressão e de suas causas objeto de reflexão dos
oprimidos, da qual resultará o seu engajamento necessário na luta por sua
libertação”. (FREIRE,1968, 34).
Depreendo portanto que, para Paulo Freire, a educação contemporânea, nos moldes
do liberalismo, propicia uma formação que gradativamente vai acorrentando os
educandos e, a medida que vai se processando, continua a imobilizá-los,
chegando a amordaçá-los. Acorrentados pelos grilhões do capital, sob o domínio
do poder das grandes corporações, os discentes oprimidos são levados pela
educação liberal conservadora a enxergarem como único sonho uma mobilidade
social que só se realizará quando ele passar para o status de poder daqueles
que detém os grilhões que os prende e os oprime. Dessemodo, "quando a
educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor". Este será a maior aspiração do
educando, que se dá por adquirir uma concepção materialista capitalista de que
os bens, recursos financeiros e coisas materiais (mercadorias) são mais
valiosas que as preciosas vidas e a essência humana. O fenômeno que se processa
de fato é que a educação vigente, se concebe e se realiza mediante o poder do
pensamento liberal capitalista conservador, que atua sobre uma prática social,
âmbito da política e universo das relações de poder (SEVERINO, 1994, p. 52).
A educação contemporânea, essa de minha época, refiro-me as décadas de 70,80 e 90, com as devidas mudanças sociais
que se processaram nas últimas três décadas, 2000, 2010 a 2017, mas que só afetaram o princípio do capital, em tornar-se mais voraz, em que o
que importa na vida é o ter, pertence a uma estrutura educacional forjada com
as políticas públicas na superestrutura (Marx, 2005, p.23) sem o devido respaldo ou participação popular. Essa educação
domesticadora e adestradora tem por base conceber um cidadão subserviente aos
preceitos do capital. Assim, neste cenário real, o educando será sempre um
objeto dominado pelo poder das elites, cujo sonho é um dia se tornar burguês,
fato que irrisoriamente acontece.
A educação, idealizada por Freire se constitui em uma práxis educativa
capaz de libertar o homem de toda situação de opressão ao qual se encontra
sujeitado, através da libertação de sua consciência, tornando-o um sujeito
crítico e reflexivo, capaz de transformar sua realidade e inserir-se na
sociedade de forma efetiva. A educação nesta visão torna-se um instrumento
de emancipação do homem diante da opressão, pois, ela desvela a realidade
vivida pelo educando, incitando-lhe uma intervenção prática no ambiente social
e no cotidiano escolar, de forma dinâmica, transformadora, considerando, a todo
instante, a realidade concreta, singular e peculiar de cada educando.
Assim, conforme (http://pedagogiaformacaoetica.blogspot.com.br/,
2009), A educação libertadora fornece asas pois se opõe à ausência de
voou, dominação e a opressão imposta a grande massa de “desprivilegiados”. O
ser social dos“marginalizados”, quando emancipados no interior da sociedade
capitalista, são capazes de implementar mudanças progressivas no ser humano
enquanto sujeitos inacabados. Essa mudança se dá pela conscientização dos
discentes sobre sua situação de exploração e dominação imposta pelos
seguimentos mais altos da sociedade.
A alfabetização, no método Paulo Freire, propicia ao discente um resgate do sujeito
através de uma ação social que produz uma consciência critica emancipatória, permitindo-lhe que se organize de forma reflexiva o pensamento crítico, tornando-se capaz de resgatar sua
dignidade, que fora exaurida pelo longo processo de exclusão social, que sofrera
durante toda formação da sociedade.
Dentro da perspectiva de construir uma educação libertadora, Freire
enfatiza que é preciso que se compreenda a educação como um processo de
formação humana.
Desse modo, Freire (2000), afirma que ensinar não é somente transmitir
conhecimento e sim, proporcionar que o aluno aprenda de dentro para fora e, sobretudo, se emancipe, através da obtenção da capacidade de poder ler o mundo.
Hoje, sobre a tomada do título de patrono da educação brasileira, é com tristeza que vemos que:
Hoje, sobre a tomada do título de patrono da educação brasileira, é com tristeza que vemos que:
A proposta revogaria
a lei
12.612, de 2012, aprovada pelo governo e sancionada por Dilma
Rousseff. São necessárias 20 mil assinaturas para que o tema seja debatido no
Senado - na data de atualização desta reportagem, aproximadamente 14 mil
pessoas já tinha assinado a petição. “Paulo Freire é considerado filósofo de
esquerda e seu método de educação se baseia na luta de classes”, argumenta
Stefanny Papaiano, autora da proposta.“Os resultados são catastróficos e tal
método já demonstrou em todas as avaliações internacionais que é um fracasso
retumbante”, prossegue. O projeto de lei que transformou Paulo Freire em
patrono da educação é de autoria da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) e
foi apresentado em 2005. Procurada, a assessoria de Erundina não se manifestou
até a publicação desta reportagem. (http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/proposta-retira-de-paulo-freire-o-titulo-de-patrono-da-educacao-brasileira-d1vvgoq7qwiylouov98mnl0c4)
Com o retorno das elites ao poder, no Brasil, estamos diante de um quadro de retrocesso no campo da ideias e concepções de educação. A tendencia é que se dê um grande retrocesso desarticulando a organicidade, até a infraestrutura material e humana no campo da educação. O Estado brasileiro, em decorrência do compromisso de passar 20 anos com investimento minimo nos serviços sociais, desativará parte dos investimentos em educação, o que fará fatalmente perder o status constitucional de garantia da qualidade da educação, conforme a Constituição Federal.
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