Por Raimundo Flor Monteiro
Em se tratando das categorias analíticas do objeto de pesquisa em Marx, podemos afirmar que: o movimento é parte do objeto, é parte de sua aparência imediata (empírica) captada pela experiência sensível, o qual é perceptível e constatado imediatamente.
Aparência não esgota as nuances do objeto, ela é sim um ponto de partida para abusca da essência, nada que se apresenta no objeto é casual ou gratuito. O modo imediato de emergência da realidade que pode revelar e ou ocultar o objeto.
somente o olhar sociológico, antropológico do teórico pós-moderno é capaz de perceber e poder desconfiar da essência escondida na aparência, contida na estrutura intima na dinâmica de funcionamento do objeto. portanto, sempre suspeite e distingua o que é essência e o que é aparência. jamais o pesquisador deve se deixar seu olhar ser conduzido pela imaginação aparente contida no objeto. Será preciso mergulhar no fenômeno contido no objeto e extrair dele, do particular para o geral, ou vice versa, ou seja, arrancar dele a sua essência.
Será necessário definir as categorias analíticas de inferência do objeto, ou seja, do que você vai se valer para extrair a essência que somente vai ser concluída no fim da pesquisa.
Extrair do objeto aquilo que lhe é próprio em Marx difere da prática de pesquisa do pensamento weberiano que consiste em hipotetizar o objeto e confirmar ou não a afirmativa, através da reprodução do movimento do objeto, constatando se o movimento condiz com a natureza do objeto. Em Marx o pesquisador deve detectar a natureza do movimento, se auto caracterizado pelas contradições imanentes com as tensões e contradições, suas expressões anímicas e materiais que se realizam por rompimentos dos seus constructos. Ver-se nas categorias que o ser está contido nas especificidades das categorias, em suas unidades das diversidades.
Exemplos: o mineral não se reproduz, natureza exata; o ser orgânico se reproduz, além de sua cadeia de reprodução se realizar através de complexos; já o ser social se reproduz através de infinitos complexos.
Neste ultimo, há o desdobramento de leis obtidas por pesquisas desenvolvidas em categorias que detectam os movimentos contraditórios nas diversas fases de movimento do objeto. O bom é que você tem liberdade para escolher entre as alternativas concretas factíveis, as que se lhes apresenta mais convincentes.
Bibliografia:
Vídeo Aula do prof. José Paulo Netto com o título curso de "Metodologia de pesquisa em Marx", 2005 - UFPE.
Bibliografia:
Vídeo Aula do prof. José Paulo Netto com o título curso de "Metodologia de pesquisa em Marx", 2005 - UFPE.